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sexta-feira, 15 de julho de 2011

CAPOEIRA ANGOLA

A capoeira de Angola, foi à primeira capoeira a existir, nela o capoeira joga de forma lenta, é um jogo traiçoeiro e que é muito bonito.
 Os antigos mestres jogavam de ternos brancos em chão de terra, e mesmo depois de um bonito jogo, os mestres saiam da roda com os ternos brancos, do mesmo jeito que entraram.

Calça larga e um brinco de ouro, foi a figura do malandro capoeirista que marcou a cultura brasileira do começo deste século.O folclorista Luís da Câmara Cascudo escreveu em 1916 que " o capoeira era um indivíduo desconfiado e sempre prevenido.
 Andando nos passeios, ao aproximar-se de uma esquina, tomava imediatamente a direção do meio da rua.

 Havia os capoeiras de profissão, conhecido logo a primeira vista pela atitude singular do corpo, pelo andar arrevesado, pelas calças de boca larga, ou pantalona, cobrindo toda a parte anterior do pé, pela argolinha de ouro na orelha, como insígnia de força e valentia, e o nunca esquecido chapéu de banda”.

Na capoeira de Angola, vale mais a astúcia do que a força muscular. Seu mais célebre representante foi Vicente Ferreira Pastinha, baiano de Pelourinho, amigo do artista plástico Caribé, personagem do escritor Jorge Amado e dono de uma filosofia peculiar: “Capoeira é tudo o que a boca come”, costumava dizer. “Ele ensinava a capoeira do dia-a-dia, capoeira para ele não era luta, era religião”, afirma Jaime Martins dos Santos, o mestre Curió, que treinou com Pastinha desde os oito anos de idade.

“Naquele tempo capoeira era coisa de arruaceiros, da malandragem. Escolhi treinar com ele porque era muito organizado e extremamente dedicado ao aluno”.
O método Pastinha, ensinado regularmente desde 1910, consiste em golpes desferidos quase em câmera lenta.

O capoeirista fica a maior parte do tempo com o corpo arqueado, e sua ginga é de braços soltos, relaxados, porque a tática era fazer de fraco diante do oponente.
“Nossos movimentos não tem pressa de chegar mas, quando chegam, é de forma harmoniosa”, explica mestre Moraes, um angoleiro que se formou junto com mestre João Grande, o discípulo de Pastinha que hoje dá aulas em Nova York, nos Estados Unidos.

“É um dialogo de corpos. Eu venço quando meu parceiro não tem mais respostas para as minhas perguntas”. Mestre Pastinha

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